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Deus alegria infinita!

Vim para o Carmelo por misericórdia de Deus, pois méritos para já estar no Céu aqui na terra eu não tenho. É esta misericórdia que eu e as Irmãs aqui encerradas, suplicamos a Deus por este mundo tão aflito por causa da abundância dos pecados cometidos.

Sou filha de um casal missionário, membros da Comunidade Católica Presença. Tenho dois irmãos, sendo um deles Franciscano da Imaculada, que no tempo em que vivíamos juntos sempre foi um grande modelo de vida, pois via nele muita santidade por sua caridade.

Descobri minha vocação através de uma novena que fiz à santa Teresinha nos meus 15 anos em 2016. Deus escolheu para mim um caminho muito pedregoso, onde tive que caminhar e ser fiel naquilo que Ele me chamava a ser. Ele, porém, me deu tanta ajuda do Céu, santa Filomena, santa Teresinha e santa Teresa de los Andes que sempre seguraram minha mão para que eu jamais desistisse daquilo que o Senhor escolheu para minha vida.

Nada acontece sem que Deus tenha previsto desde toda a eternidade, como nos ensina Teresinha e isso é uma grande realidade em minha vida pelo fato de que tudo foi se encaixando, para que um acontecimento ocorresse, precisava de outros.

Entrei neste Carmelo de São José e da Virgem Mãe de Deus dia 11/02/2022 e cada vez mais apaixonada por este modo de vida. É uma vida onde deixamos tudo pelo TUDO, deixando tudo o que amamos e a nossa vontade, para somente amarmos e buscarmos fazer a vontade de Deus.

Gosto muito da frase de santa Teresa de los Andes: “Deus, alegria infinita!” pois aqui tudo passa e devemos nos voltar para o que não passa, e somente Deus não passa.

Finalizo com uma pergunta que essa mesma santa nos faz: “A alma que não amou a Deus na terra, o que irá fazer no Céu!”

Bárbara (Postulante)

Cantarei eternamente...

“Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor!”
Deus, em sua infinita misericórdia me escolheu para ser sua esposa amada.
Minha vocação para a vida religiosa surgiu quando tinha 15 anos. Sou de família católica e praticante; todos os dias rezávamos o terço em família, em honra a Nossa Senhora.
Quando tinha 2 anos de idade fui curada por Nossa Senhora e, desde esse dia minha Mãe me consagrou a Ela. Devo-lhe minha vocação, pois com certeza foi Ela quem me guardou neste mundo.
Ingressei na Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada aos 17 anos; ainda não me sentindo realizada nesta Congregação de vida ativa, movia-me o desejo ardente de maior silêncio e recolhimento, vinha-me o desejo de ser Monja Carmelita.
Depois de 14 anos nesta Congregação, o meu desejo com o desejo de Deus se realizaram: fui admitida neste Carmelo e sinto-me muito feliz por estar aqui nesta Casa que é dEle. Seguindo o exemplo de Santa Teresinha, a qual amo e escolhi como Mestra quero tornar Deus mais conhecido e amado nesta terra, oferecendo pequenos sacrifício pela salvação das almas.
“Cada carmelita deve tomar o lugar dos que não amam ou amam mal, dos que não rezam ou rezam mal e, entregar-se  toda  pela salvação do mundo e salvação das almas, pela Igreja, pelos seus Sacerdotes”
Agir, sofrer, amar!

Irmã Maria Teresa de Jesus Eucarístico e dos Santos Anjos, ocd

Ele guardou o bom vinho até agora (Jo 1,10)

Minha vocação ao Carmelo brotou de uma experiência profunda de fé em um Deus que me amou por primeiro.
Não creio que exista, para a pessoa humana, momento mais importante, mais belo e mais decisivo do que esse. Pela primeira vez captei o que significava não ter necessidade de nada, isto é, como Deus é suficiente, só Deus basta!
Somente essa experiência tão jubilosa e profunda pode transformar minha vida.
Antes nunca pensara em fazer-me religiosa e menos ainda Monja Carmelita descalça. Quando jovem, toda vez que passava pelo Carmelo sentia-me tomada por um não sei quê de transcendente e misterioso. Representando-o austero e quase inacessível por sua elevação, julgava-me indigna da tal aspiração. Além disso, as Carmelitas que ali viviam, pareciam-me criaturas privilegiadas desde a infância e como que feitas de outra massa...
Por outra parte, animava-me o espírito apostólico; empolgava-me o exemplo de Santa Teresa do Menino Jesus que, sem sair da clausura, foi proclamada por Pio XI Padroeira das Missões.
Estava convicta de que, aplicando totalmente minha capacidade de amar na adoração e na prece, tudo seria assumido, santificado e utilizado para a Redenção do mundo. Sentia que a clausura não isolava as contemplativas da comunhão do Corpo Místico de Cristo, mas as colocava no Coração mesmo da Igreja. Aliás, não podia ser de outro modo, pois quem se doa totalmente a Deus, abre-se ao mesmo tempo para uma dimensão universal de amor desinteressado por todos os homens.
A fé fez-me entrever a Deus como o Bem Supremo, como o Único Necessário. Assim, atraída por Ele como a um polo de atração irresistível, entrei para o Carmelo.
O Carmelo trouxe-me a resposta a todas as minhas aspirações, ou melhor, ultrapassou minhas expectativas. Passaram-se os anos, mas o Senhor Jesus tem servido o “bom vinho” até agora...Deus é sempre novo, sempre surpreendente.
O contentamento e a alegria que experimento dentro destes muros são indizíveis. Estar reservada para o amor é algo tão sublime, que torna impossível qualquer consideração que não seja de agradecimento, de adoração e de ação de graças. “Quisera que todos se fizessem como eu!”
No Carmelo tudo é simples, porque tudo fala de Deus. Vamos a Ele no acontecer das pequenas coisas do dia a dia; é o sabor de Deus na insipidez do humano.
Constatei a misteriosa relação que pode existir entre a renúncia e a alegria, entre o sacrifício e a expansão do coração, entre a disciplina e a liberdade espiritual. É a alegria feita oferenda e doação.
A própria feminilidade – muitas vezes considerada pela opinião pública como loucamente sacrificada na vida religiosa – é reencontrada e dilatada num plano superior: o do Reino de Deus.
O coração da monja contemplativa não está fechado em si mesmo; pela íntima união com Cristo torna-se sensível para captar e sentir as necessidades da humanidade. Assim, nos colocamos como Moisés no alto da montanha para interceder pelo povo. Usando uma comparação mais moderna: procuramos abrasar o mundo com o fogo da Verdade e do amor revelados, assim como os técnicos do átomo acendem os foguetões espaciais; à distância.
Concluo em Ação de Graças; é o sentimento que predomina constantemente em experimentou a bondade de Deus.
Por Ele, com Ele e nEle toda a honra e toda a glória a Deus Pai, na unidade do Espírito Santo!

Irmã Teresa Margarida do Coração de Jesus, ocd

Sempre digo: minha Mãe me gerou carmelita

Desde pequenina quando me perguntavam o que desejava ser, a resposta era sempre a mesma: “Quero viver fechada”. Não entendia nada de clausura e nem conhecia nenhuma religiosa.
Aos 12 anos circulava a notícia de que ia ser fundado um Carmelo em Santos e que lá as monjas viviam “fechadas”. Considerei-me candidata desse Carmelo e recebi a graça de ingressar aos 20 anos. Hoje estou com 88 anos, nunca me arrependi, sou feliz, realizada na minha vocação. Rezo diariamente pedindo santa perseverança até a morte.

Irmã Maria Luiza do Imaculado Coração, ocd

“Ouve, ó filha, vê e inclina teu ouvido” sl 44,11

“Ouve, ó filha, vê e inclina teu ouvido: esquece o teu povo e a casa de teu pai” sl 44,11. Este é um versículo que confirma o chamado de Deus em minha vida, pois observava em mim o desejo de solidão e de silêncio.
Embora estivesse ciente de minha vocação, sem saber ainda qual o carisma pensava também que não era chegado o tempo de abraçar a vida religiosa; sentia-me muito bem estudando, buscando a Deus. Aconteceu que minha mãe ficou parcialmente dependente e tive a graça de cuidar dela por alguns anos até o dia que nosso Senhor a levou.
Após sua morte fui fazer um retiro de deserto por 8 dias. Foi então que entendi estar sendo vítima de uma armadilha do inimigo que me levava a adiar meu ingresso na vida religiosa e fazer-me desistir. Foi grande a misericórdia de Deus para comigo que me esperou até o dia em pude entender tudo isso e decidir-me a dar o meu “sim” ao Seu chamado.
Dirigi-me a um Sacerdote para orientar-me e ele mesmo me incentivou a procurar o Carmelo, advertindo-me que seria impossível pela idade a menos que fizessem uma exceção. Fiquei muito desconcertada e com medo, mas saí da igreja com esta frase: “Não há ninguém que possa te livrar da minha mão; quando faço, quem poderá desfazer?” Is 43,3
Fui a uma Carmelo mas não puderam me receber pois já estava completo o número das Irmãs. A Priora, porém, iluminada por Deus entrou em contato com o Carmelo de Santos que precisava de vocações. Imediatamente liguei para o Carmelo e pediram que eu deixasse o telefone que a Priora entraria em contato. O que imaginei que tudo seria muito rápido demorou 1 ano!!! Nosso Senhor quis provar a minha fé, foi uma grande “noite escura”, mas Ele me sustentava com a sua graça. Como o tempo passava e não obtinha resposta do Carmelo entrei em contato uma segunda vez. Fui convidada a fazer uma visitinha para conhecer as Irmãs e acompanhada por alguns meses ela Priora. Logo depois recebi a notícia que as Irmãs me acolheriam, graças ao bom Deus.
Fiz um período de experiência para mim impactante. Iniciei depois o Postulantado e providencialmente no Domingo da Misericórdia. Ao ingressar na clausura questionei-me: “Porque não vim antes?!!!”
Sinto-me muito feliz aqui no Carmelo. À Deus gratidão infinita por me amar tanto e por ter iluminado as Irmãs que me acolheram!

Irmã Maria do Amor Misericordioso de Deus, ocd

“Viver de Amor é amar sem medida” Stª Teresinha

Sou Irmã Mariana.
Minha caminhada vocacional iniciou-se numa Comunidade de vida ativa (Fraternidade O Caminho) em 2007 e sentia uma profunda alegria por ser toda de Deus.
O tempo foi-se passando e fui sentindo que Nosso Senhor queria algo a mais de mim, uma vida mais oculta, de oração e sacrifício, toda inteira vivida no Amor.
Em meu interior ressoava a voz de Deus me chamando para fazer parte de sua vinha no Monte do Carmelo e para sua glória aqui estou.
Sinto-me muito feliz por fazer a vontade de meu Divino Esposo, vivendo de Amor.
Estou completamente realizada em minha vocação.

Irmã Mariana de Jesus Hóstia, ocd