Quero ver a Deus!
Não era Teresa senão uma menina de 7 anos quando arrastou a seu irmãozinho Rodrigo para a terra dos mouros com a esperança de que os decapitassem por Cristo. Espantava-os a afirmação, de que a pena e a glória eram para sempre. Ocorria-lhes de passarem muito tempo tratando disso e lhes agradava dizer muitas vezes: para sempre, para sempre!
E, saindo pela porta do rio Adaja... os fugitivos foram surpreendidos em sua fuga por um tio, que os reconduziu à casa paterna. Teresa, mais jovem que o irmãozinho, por sua vez, chefe da expedição, responde a seus pais inquietos que tratam de indagar o motivo desta fuga: “É porque quero ver a Deus, e para consegui-lo é preciso morrer!” Expressão candorosa de uma menina, que revela desde cedo o profundo de sua alma e pressagia o místico tormento de sua vida inteira.
Teresa quer ver a Deus, compreendê-lo com todo o poder de captação, ainda que sob a obscuridade da fé, para unir-se com Ele:
Teresa será mestra dos caminhos interiores que conduzem à união transformante...