15 dezembro 2023
Carmelo de São José e da Virgem Mãe de Deus em Santos
celebra 75 anos de Fundação 

Fazendo memória...

O “Carmelo de São José e da Virgem Mãe de Deus” é o único Mosteiro de vida inteiramente contemplativa da diocese de Santos.

A inspiração de fundá-lo partiu de Irmã Maria de Jesus, ocd (Teresa Caliméria Ribeiro Morais e Silva) monja do então Carmelo Mogi das Cruzes.

Não tendo obtido anteriormente licença de seu pai para entrar no Carmelo, ingressou na Ordem das Cônegas de Santo Agostinho de Nossa Senhora de Jupile. Professou em 1917 com 24 anos de idade, conservando sempre o Carmelo em seu coração.

Entrou no Carmelo de São Paulo em 1931, destinada à fundação do Carmelo de Mogi das Cruzes (transladado posteriormente para Aparecida do Norte), tendo já 15 anos de Profissão Perpétua entre as Cônegas de Santo Agostinho, isto é, as nossas Irmãs do Colégio Stell Maris.

Com a Madre Maria de Jesus, vieram com fundadoras mais cinco Irmãs, entre elas nossa Irmã Maria Luiza, que ainda vive em nosso Carmelo. O Mosteiro foi instalado e inaugurado na primeira ala do prédio definitivo, já com as condições necessárias para o funcionamento, aos 15 de dezembro de 1948, com celebração da santa Missa na Capela provisória, onde foi colocado o Santíssimo Sacramento.

Atualmente a Comunidade conta de 21 membros, sendo 11 monjas de Votos Solenes e 10 na Formação.

Herança

O característico de uma feliz doação a Deus é a principal herança recebida das Fundadoras.

Nossa Mãe Fundadora, Maria de Jesus, destacou-se por sua humidade e simplicidade junto a um coração muito bom e fervoroso, de admirável empatia: fazia tudo o que estava ao seu alcance para tornar os outros felizes. Tinha grande capacidade de organização, fineza de trato, amabilidade no falar que atraia e fazia bem às almas. Era uma alma jovem. Entusiasmada por tudo o que era de Nosso Senhor. Ria com o prazer e com a singeleza das pessoas puras e assim animava e espalhava a felicidade ao redor de si. Queria que o nosso Carmelo se distinguisse pela caridade fraterna e esta é a principal herança que nos deixou.

Celebrar o Jubileu no Ano Jubilar dos 100 anos de nossa diocese

O Ano Jubilar dos 75 anos de Fundação deste nosso Carmelo de São José e da Virgem Mãe de Deus, leva-nos a renovamos o sentido de pertença à santa Igreja e a nossa inserção nesta igreja particular.

Crescemos juntos. O Carmelo chegou nesta querida diocese de Santos quando contava apenas 24 anos. Desde o início até hoje gozamos do apoio e dedicação dos nossos Bispos e Sacerdotes dos quais reconhecemo-nos devedoras. Fazemos parte da família diocesana e assumimos o compromisso de acompanhar com solicitude as dificuldades e alegrias desta diocese e orar por todos os seus membros, especialmente pelos Sacerdotes.

A exortação de nossa Santa Madre Teresa de Jesus serve de bússola a nortear toda a nossa vida: “Agora começamos; procurem, pois, começar sempre de bem para melhor” (Fundações 29,32).

Ocasião esta para renovar em nós o desejo fundacional de nossa Santa Madre Teresa de Jesus: “Ó irmãs minhas em Cristo! Ajudai-me a suplicar isto ao Senhor, que para isto vos juntou Ele aqui. Esta é a vossa vocação; estes hão de ser os vossos negócios; estes hão de ser os vossos desejos; aqui as vossas lágrimas; estas as vossas petições” CP3,5 e reafirmar aos nossos Sacerdotes a realidade de “colaboradoras do próprio Deus” nesta obra de amor realizada desde o início da Fundação deste Mosteiro.

Antes de tudo, a celebração de um jubileu é uma ocasião para dar graças a Deus pela sua fidelidade na história da salvação e na história de nossa Comunidade. Uma fidelidade manifestada sobretudo pela sua Presença constante no Mistério da Eucaristia, bem como no chamado e na vida de tantas Irmãs que ao longo destes anos, no silêncio e na oração, testemunharam o carisma da Santa Madre Teresa. É ocasião para dar graças a Deus também por tantos Ministros ordenados, que com a celebração dos Sacramentos tornaram possível estas ações da graça divina. Dar graças a Deus ainda pela sua Providência, manifestada através de tantos e beneméritos benfeitores do passado e do presente. Tudo isso são alguns sinais, entre outros, que nos permitem ver a constante fidelidade Daquele que as chamou à vida contemplativa no Carmelo teresiano e continua sustentando-as no caminho de seguimento a Cristo com “determinada determinação” (Caminho, 21,2).